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Eixo Criação
Matérias movediças - Ação Acoplamento

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3 - Matérias Movediças - Estação da Luz_edited.jpg
4 - Matérias Movediças - Parque da Independência.jpg
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MATÉRIAS MOVEDIÇAS - Ação acoplamento é uma série episódica de 4 vídeos criada pelo grupo MEIO, para 4 marcos históricos da cidade de São Paulo: Parque da Independência, Estação da Luz, Pátio do Colégio e Biblioteca Mário de Andrade. Traduzindo as artes da presença para o audiovisual, numa experiência sensorial e de crítica corporificada, o grupo traduz a intervenção urbana em corpos-paisagens virtuais, movendo a fronteira do espaço público e os encontrando dentro de casa. Encontram e encantam a cidade por meio de roteiros imagéticos, de forma a gerar pequenas frestas de realidades urbanas. Desviam das representações “oficiais da cidade” e perguntam-se: o que quero revelar desse lugar?
 

Para Everton Ferreira, o Parque da Independência é retratado a partir da controversa história ali colocada em forma de monumento, seja pela ausência de homenagens aos corpos negros que navegaram por mares incertos e ainda assim edificaram cidades, mas que não tem seus nomes e seus bustos ali representados. Ou pela própria sensação de não pertecimento do corpo negro nos espaços públicos de toda a cidade, mas que nessa criação mostra-se sem limites, uma existência que deita acima de durezas, gira, queima e faz a sua revolta. 


Já a Estação da Luz, se esta não pudesse apenas servir de transporte às multidões, seria ela também uma estação para viajar pela luz diante da escuridão? Maria Basulto volta seu olhar à noite da cidade que quando anoitece, não escurece, mas sim ilumina. Observando o vagão que fura a terra com trem, metrô, ruído, gente e luz, ao mesmo tempo em que explorando essas estranhas topografias que criamos entre buracos e prédios para habitar a cidade, o vídeo cria várias passagens, subterrâneas e elevadas, para olhar a vida que habita a escuridão e a luz. 


O Pátio do Colégio é explicitado pela força de suas manifestações coletivas, seja pelos corpos ocupando aquele espaço em carnavais passados ou pelos corpos que ali estão,  atualmente, sem moradia. Iolanda Sinatra cria fendas para revelar diversos tempos e realidades desse lugar, e move toda essa gente num desejo futurístico de sair da dureza do chão e da gravidade que atrai os corpos, para levitar numa viagem planetária. 


E quanto à Biblioteca Mário de Andrade, Carolina Canteli encontra a biblioteca em cada empilhamento de prédio e de livros da cidade, a cada janela de vidro que deixa entrar a luz e a cada palavra num livro. Entre a paisagem de sua janela e o próprio entorno da Biblioteca, move-se respirando não só o oxigênio, mas também é movida por ideias, cores e palavras. Mostra florestas de palavras nas bancas, sebos, estantes, assim como nas vegetações de plantas e árvores. As vidas humanas, tão rasteiras, podem ganhar flutuação quando imaginam mundos e abrem livros. 

FICHA TÉCNICA

Direção artística: Carolina Canteli, Everton Ferreira e Iolanda Sinatra

Direção audiovisual: Lucas Reitano 

Pesquisa e criação: Carolina Canteli, Everton Ferreira, Iolanda Sinatra, Lucas Reitano e Maria Basulto

Edição de som: Olívia Fiusa

Produção: Tetembua Dandara 

Artistas colaboradores: Gustavo Ciríaco, Maitê Lacerda e Nina Giovelli

Designer gráfico: João Brito

Duração: aprox. 10 minutos

 

De 20 a 23 de Maio de 2021 às 20h no youtube do grupo MEIO

 

Projeto Corpos-paisagens: corpos que atravessam os fluxos da cidade, contemplado pela 28ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo

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