Everton Ferreira
Curioso, observador e pensador de estruturas, movimentos, fluxos, coreografias e paisagens, estejam elas presentes no indivíduo e/ou no seu entorno. Vê no fazer artístico, a possibilidade de observar e potencializar outras existências, políticas e afetos. Diretor e criador do Grupo MEIO e fotógrafo, é formado em Bacharel em Dança pela Universidade Estadual de Campinas (2013) - Licenciatura em Artes (incompleto) pela mesma instituição - e Técnico em Processos Fotográficos pela Escola Técnica de Artes – Centro Paula Souza (2016), aprofundando o estudo de imagem junto com o fotógrafo Carlos Moreira no curso de História da Fotografia e Formação de Linguagem (2018).
Já trabalhou como intérprete-criador com : Andreia Yonashiro (2014), PROJETO EÓLITOS, pelo edital ProAc Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de dança; Sandro Borelli (2015 - 2017) pela CIA CARNE AGONIZANTE, participando dos espetáculos “Artista da Fome”, “Carta ao Pai”, “Colônia Penal”, “Estado Independente”, “Eu em ti” (versão rua), “Metamorfose”, “Não te abandono mais, morro contigo” e “Processo”, participando também de outras as ações: bate-papo, cinema de rua, oficinas e editais de dança; Gabriel Tolgyesi (2017), no site-specific EU QUERO GANHAR FLORES - INSTALAÇÃO COREOGRÁFICA, realizado no Museu de Arte e Som (MIS-SP); Claudia Palma (2018-2020), pela iN SAiO CIA DE ARTE, participando dos espetáculos ABISSAL e ATO INFINITO (criação e performance);
Paralelo ao caminho da dança, foi-se consolidando o fazer fotográfico/imagem, surgindo parcerias com: COLETIVO SUBEXPOSTO (2015), coletivo de fotografia de rua surgido da Etec de Artes; ONLY MOBILE ART (2016), duas fotografia urbanas selecionadas para revista online; Maria Basulto, no registo dos trabalhos DENTRO, MELODIA DE UM IDIOLETO E TIRINHAS (2016-2017) SUSCETÍVEL - UMA DANÇA PALESTRA SOBRE ATRAVESSAMENTOS E ARRANJOS (2023); Mariana Mathey, no projeto TRAVA, fotos pra divulgação e show (2018 e 2021); junto a In SAiO Cia de arte na MOSTRA ABISSAL (2020); junto com o Núcleo AJEUM com o registo dos espetáculos BOI DA CARA PRETA (2019) e AJEUM (2020).
A trajetória do artista o levou a pensar no fazer dos PROCESSOS ARTÍSTICOS PEDAGÓGICOS, levando-o a atuação em preparação corporal e/ou professor convidado pelos Núcleo AJEUM, Coletivo Calcâneos e Coletivo Desvelo. Onde esses processos artísticos pedagógicos o levou a verticalizar o processo de letramento racial, realizando os cursos PENSANDO A BRANQUITUDE: HISTÓRIA POLÍTICA, CULTURA E RACISMO e INTRODUÇÃO PARA UMA PSICOLOGIA ANTIRRACISTA (ambos 2020).
No ano de 2021 , finalizou o 28º FOMENTO À DANÇA, junto ao Grupo MEIO com o projeto CORPOS-PAISAGENS: CORPOS QUE ATRAVESSAM OS FLUXOS DA CIDADE, criando os trabalhos virtuais MATÉRIAS MOVEDIÇAS - ação acoplamento (2021) e MATÉRIAS MOVEDIÇAS (2021). Adentrou no PROGRAMA VOCACIONAL, no papel de Artista Orientador de Dança, e também estreou o solo audiovisual de dança e movimento ESTRATÉGIA PARA ESTAR, no 3º FESTFIM - de São José do Rio Preto, onde se debruça do estudo de dança autoral, onde se dedica a estudar o corpo como território preto, onde busca cosmovisões que lhe traga liberdade para recontar e criar novas ficções do existir.
Em 2022, foi convidado para participar da performance SOBRE AGUDOS, de Ludgi Porto e Maitê Lacerda, pelo festival FORMA DO DESASSOSSEGO (formen der unruhe) na Galeria OLHÃO, e também, recebeu o convite do núcleo FTMM para performar na primeira edição de MATERIAL BRUTO - um ciclo de improviso. No mesmo ano, ingressou novamente no PROGRAMA VOCACIONAL na função de Artista Orientador de Dança na região Centro-Butantã. Finalizou o edital PROAC 04/2021, com a estreia de BABILÔNIA, junto ao grupo MEIO, recebendo o Prêmio Denilto Gomes de Dança 2022 - categoria pesquisa de corpo. O grupo foi contemplado com o projeto “Corpos-paisagens e o tempo espiralar” pelo 33° Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, começando em 2023 e finalizando em 2024.
No ano de 2023, participou da performance EXPERIMENTO | BANDO, como resultado da residência artística do projeto BandoManifesta, desenvolvido pelos Núcleo Entretanto (direção de Wellington Duarte) e Visível Núcleo de Criação (direção de Kleber Lourenço) e foi convidado para a criação e performance de DESCARREGO do Núcleo Ajeum, dirigido por Djalma Moura.
A parceria com o núcleo FTMM se consolida, em 2024, com a atuação na segunda edição de MATERIAL BRUTO - um ciclo de improviso e participou da residência MELTDOWN#1 do núcleo FTMM, em 2024, realizando três apresentações pelo centro de São Paulo e mais três apresentações no Sesc Paulista. Nesse mesmo ano, atuou como performance junto ao polo de criação e produção Pérfida Iguana no projeto, dirigido por Carolina Callegaro e Renan Marcondes, na criação de FANTASIAS BRASILEIRAS e performou, com o mesmo grupo, no espetáculo AZUL-JARDIM.
Atualmente, segue, com o grupo MEIO, os estudos e traçando estratégias para desenvolvimento e manutenção do grupo e, nos estudos de imagem e fotografia, segue alimentando um diário fotográfico sobre fotografia urbana.
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